A maioria não sabe, mas a Terra está passando por uma gravíssima extinção em massa que pode abalar toda a existência da vida no planeta.
Desde os primórdios da vida na Terra, a evolução sempre esteve acompanhada de momentos de extinção em massa, eventos que redefiniram a composição biológica do planeta, algumas espécies desaparecem e outras começam a prosperar.
Atualmente, estamos testemunhando o avanço implacável da Sexta Extinção em Massa, um fenômeno marcado por taxas alarmantes de desaparecimento de espécies. A última extinção em massa foi o evento conhecido por todos, a queda de um asteróide na superficie que dizimou os dinossauros e a maioria das epécies da época.
Agora porém, a Sexta Extinção acontece não pela colisão de um corpo celeste em nossa superficie, mas pela proliferação exagerada de um mamifero. O ser humano.
O registro geológico revela que a Terra já passou por cinco extinções em massa ao longo de sua história. A mais recente ocorreu há cerca de 65 milhões de anos, resultando na extinção dos dinossauros e de cerca de 75% das espécies então existentes. Este evento, atribuído em grande parte ao impacto de um asteroide, provocou mudanças ambientais devastadoras, mostrando a fragilidade da vida diante de eventos catastróficos.
No entanto, a Sexta Extinção em Massa que enfrentamos hoje não é causada por eventos cósmicos, mas sim por nossas próprias ações. A expansão descontrolada das atividades humanas tem levado à destruição de habitats naturais, à poluição generalizada e às mudanças climáticas aceleradas.
Espécies estão desaparecendo em ritmo acelerado, e ecossistemas inteiros estão sendo desestabilizados, comprometendo a resiliência e a capacidade de regeneração do nosso planeta.
Os impactos da Sexta Extinção em Massa são profundos e abrangentes. A perda de biodiversidade afeta não apenas a teia da vida em si, mas também ameaça a segurança alimentar, a saúde pública e a estabilidade dos ecossistemas que sustentam a vida na Terra.
Além disso, a extinção de espécies pode ter consequências imprevisíveis e irreversíveis, desencadeando uma cascata de efeitos que podem afetar diretamente a humanidade.
Diante desse cenário preocupante, é urgente uma mudança de paradigma a respeito da nossa relação com o meio ambiente.
Um estudo publicado na revista PNAS sugeriu que grupos de espécies animais relacionadas estão desaparecendo a uma taxa 35% vezes maior do que o esperado. Segundo o co-autor do estudo, Gerardo Ceballos, a sexta extinção em massa pode transformar toda a biosfera, deixando o planeta em um estado que torna impossível a existência humana.
Fonte: Terra Notícias
O estudo avaliou 5.400 gêneros de animais vertebrados, excluindo peixes, e descobriu-se que 73 gêneros foram extintos nos últimos 500 anos. Isto é muito mais rápido do que a taxa de extinção na qual as espécies morreriam naturalmente sem influência externa.
"Na ausência dos seres humanos, estes 73 gêneros teriam levado 18 mil anos para desaparecer", afirmam estudiosos. A perda de uma espécie causa um efeito 'cascata' em todo o ecossistema. Isso explica o aparecimento de diversas doenças que podem levar à extinção em massa.
Principais Causas dessa extinção em massa
Precisamos repensar nossas práticas e adotar medidas concretas para mitigar os impactos negativos de nossas ações no planeta. A preservação da biodiversidade não é apenas uma questão de ética, mas também uma questão de sobrevivência.
As pesquisas apontam que a atividade humana está por trás disso — e tudo só tem piorado nos últimos séculos.
"Desde a Revolução Industrial, nós estamos aumentando a pressão sobre a natureza ao usar os recursos, sem pensar em como recuperá-los", aponta o Museu de História Natural de Londres.
"Por exemplo, a mudança no uso da terra continua a destruir grandes porções de paisagens naturais. Os seres humanos já transformaram mais de 70% das superfícies terrestres e usam cerca de três quartos dos recursos de água doce", continua o texto.
Apesar de sua importância na produção de alimentos e crescimento da economia global, a atividade agropecuária é uma das principais fontes da degradação do solo, do desmatamento, da poluição e da perda de biodiversidade. E isso, por sua vez, destrói o habitat de diversas espécies, que passam a competir pelos mesmos recursos, cada vez mais escassos.
Possíveis Solução para redução de danos
Cabe a cada um de nós assumir a responsabilidade por nossas escolhas e agir de forma consciente e sustentável em prol de um futuro em que possamos coexistir harmoniosamente com todas as formas de vida na Terra. A hora de agir é agora, antes que seja tarde demais.
Consumo de Produtos Orgânicos e Agroecológicos
Como ajudar: Priorizar o consumo de alimentos orgânicos e agroecológicos, que respeitam o ciclo natural do solo e da biodiversidade. Isso contribui para a preservação dos ecossistemas e evita o uso de substâncias químicas prejudiciais.
Alimentos orgânicos em Brasília.
2. Reduzir o Consumo de Carne e Produtos Animais
Como ajudar: Reduzir o consumo de carne, especialmente de carne bovina, e optar por dietas mais baseadas em vegetais, como vegetarianismo ou flexitarianismo. A escolha de carnes provenientes de sistemas mais sustentáveis, como a agrofloresta, também é importante.
3. Apoiar Produtos com Certificações de Sustentabilidade
Como ajudar: Ao comprar produtos com essas certificações, como café, chocolate, madeira e papel, o consumidor apoia práticas que promovem a conservação das florestas e de outras áreas naturais.
4. Reduzir o Desperdício de Alimentos
Como ajudar: Planejar as refeições, comprar apenas o necessário e armazenar os alimentos corretamente para evitar que estraguem. Além disso, compostar restos de alimentos pode ajudar a reduzir o impacto ambiental.
5. Evitar Produtos de Uso Único e Embalagens Plásticas
Como ajudar: Substituir plásticos descartáveis por produtos reutilizáveis, como sacolas, garrafas e talheres de metal ou bambu, e preferir comprar produtos com embalagens biodegradáveis ou em formatos a granel.
6. Optar por Produtos Locais e de Pequenos Produtores
Como ajudar: Priorizar a compra de produtos locais e sazonais reduz a pegada de carbono associada ao transporte e ajuda a fortalecer economias regionais que respeitam o meio ambiente.
7. Participar de Iniciativas de Conservação e Reflorestamento
Como ajudar: Participar de projetos de reflorestamento e proteção de áreas naturais. Plantar árvores nativas, apoiar iniciativas de restauração ecológica e promover a preservação de áreas de biodiversidade nas cidades e comunidades
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